Destes que você citou 9 deles temos que cumprí-los 24 horas durante 7 dias da semana, não somente nós Testemunhas de Jeová, mas toda a população da Terra.
O 4º mandamento é a lei mosaíca que foi extinta na morte de Jesus Cristo, leia:
Sábado
Definição: Sábado vem do hebraico sha·váth, que significa “descansar, cessar, desistir”. O sistema sabático, prescrito na Lei mosaica, incluía um dia sabático semanal, também certo número de especificados dias adicionais durante o ano, bem como o sétimo ano e o qüinquagésimo ano. O sábado semanal dos judeus, o sétimo dia da semana calendar deles, é desde o pôr-do-sol, na sexta-feira, até o pôr-do-sol, no sábado. Muitos cristãos professos têm guardado tradicionalmente o domingo como o dia de descanso e de culto; outros aderem ao dia reservado no calendário judaico.
Têm os cristãos a obrigação de guardar um dia de sábado semanal?
Êxo. 31:16, 17: “Os filhos de Israel têm de guardar o sábado, a fim de celebrar o sábado nas suas gerações. É um pacto por tempo indefinido [“pacto perpétuo”, IBB]. É um sinal entre mim e os filhos de Israel por tempo indefinido.” (Note que a guarda do sábado era um sinal entre Jeová e Israel; não seria assim se todos os demais estivessem sob a obrigação de guardar o sábado. A palavra hebraica vertida aqui “perpétuo” em IBB é ‛oh·lám, que significa basicamente um período de tempo que, do ponto de vista do presente, é indefinido ou escondido da vista, mas de longa duração. Pode significar para sempre, mas não necessariamente. Em Números 25:13, a mesma palavra hebraica se aplica ao sacerdócio, que mais tarde terminou, segundo Hebreus 7:12.)
Rom. 10:4: “Cristo é o fim da Lei, para que todo aquele que exercer fé possa ter justiça.” (A guarda do sábado fazia parte dessa Lei. Deus usou a Cristo para pôr fim àquela Lei. Alcançar alguém a justiça perante Deus depende da sua fé em Cristo, não da guarda do sábado semanal.) (Também Gálatas 4:9-11; Efésios 2:13-16.)
Col. 2:13-16: “[Deus] nos perdoou bondosamente todas as nossas falhas e apagou o documento manuscrito que era contra nós, que consistia em decretos e que estava em oposição a nós . . . Portanto, nenhum homem vos julgue pelo comer ou pelo beber, ou com respeito a uma festividade ou à observância da lua nova ou dum sábado.” (Se uma pessoa que estava sob a Lei mosaica fosse julgada culpada de profanar o sábado, tinha de ser apedrejada até à morte pela inteira congregação, segundo Êxodo 31:14 e Números 15:32-35. Muitos que argumentam a favor de se guardar o sábado têm motivos de se alegrar de que não estamos debaixo dessa Lei. Conforme indicado no texto bíblico citado aqui, para alguém ter uma condição de aprovação perante Deus não mais precisa seguir o requisito de guardar o sábado dado a Israel.)
Como é que o domingo veio a ser o dia principal de adoração para muitos na cristandade?
Embora Cristo fosse ressuscitado no primeiro dia da semana (hoje chamado domingo), não há instrução na Bíblia para se reservar esse dia da semana como sagrado.
“A retenção do antigo nome pagão de ‘Dies Solis’, ou ‘Sunday’ [‘domingo’, em inglês, significando ‘dia do sol’] para o festival cristão, semanal, é, em grande parte, devido à união do sentimento pagão e [o assim chamado] cristão, à base da qual o primeiro dia da semana foi recomendado por Constantino [num edito em 321 EC] a seus súditos, tanto pagãos como cristãos, como o ‘dia venerável do Sol’. . . . Foi o seu modo de harmonizar as discordantes religiões do Império sob uma instituição comum.” — Lectures on the History of the Eastern Church (Nova Iorque, 1871), de A. P. Stanley, p. 291.
Foi a ordem de guardar o sábado dada a Adão, tornando-a assim obrigatória a toda a sua descendência?
Jeová Deus passou a descansar de suas obras de criação material, terrestre, depois de preparar a terra para a habitação humana. Isto está declarado em Gênesis 2:1-3. Mas, nada nos escritos da Bíblia diz que Deus tenha orientado Adão a guardar o sétimo dia de cada semana como um sábado.
Deut. 5:15: “Tens de lembrar-te de que te [Israel] tornaste escravo na terra do Egito e que Jeová, teu Deus, passou a fazer-te sair de lá com mão forte e braço estendido. É por isso que Jeová, teu Deus, te mandou observar o dia de sábado.” (Jeová relaciona aqui o dar ele a lei do sábado com a libertação de Israel da escravidão no Egito, não com eventos no Éden.)
Êxo. 16:1, 23-29: “Toda a assembléia dos filhos de Israel chegou finalmente ao ermo de Sim . . . no dia quinze do segundo mês depois da sua saída da terra do Egito. . . . [Moisés] lhes disse: ‘É o que Jeová falou. Amanhã haverá a observância sabática dum santo sábado para Jeová. . . . Seis dias haveis de apanhá-lo [o maná], mas o sétimo dia é um sábado. Não se formará nele.’ . . . Jeová disse a Moisés: . . . ‘Notai o fato de que Jeová vos deu o sábado.’” (Antes disso, demarcavam-se semanas de sete dias cada uma, mas esta é a primeira menção que se faz da observância dum sábado.)
É a Lei mosaica dividida em parte “cerimonial” e parte “moral”, e está em vigor a “lei moral” (os Dez Mandamentos) para os cristãos?
Fez Jesus referência à Lei de tal modo que indicasse divisão dela em duas partes?
Mat. 5:17, 21, 23, 27, 31, 38: “Não penseis que vim destruir a Lei ou os Profetas. Não vim destruir, mas cumprir.” Note agora o que Jesus incluiu nos seus comentários adicionais. “Ouvistes que se disse aos dos tempos antigos: ‘Não deves assassinar [Êxo. 20:13; o Sexto Mandamento]’ . . . Se tu, pois, trouxeres a tua dádiva ao altar [Deut. 16:16, 17; não faz parte dos Dez Mandamentos] . . . Ouvistes que se disse: ‘Não deves cometer adultério [Êxo. 20:14; o Sétimo Mandamento].’ Outrossim, foi dito: ‘Quem se divorciar de sua esposa, dê-lhe certificado de divórcio [Deut. 24:1; não faz parte dos Dez Mandamentos].’ Ouvistes que se disse: ‘Olho por olho e dente por dente [Êxo. 21:23-25; não faz parte dos Dez Mandamentos].’” (Portanto, Jesus misturou referências aos Dez Mandamentos com referências a outras partes da Lei, sem fazer distinção entre eles. Devemos nós diferenciá-los?)
Quando se perguntou a Jesus: “Instrutor, qual é o maior mandamento na Lei?” será que ele isolou os Dez Mandamentos? Ao contrário, replicou: “‘Tens de amar a Jeová, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de toda a tua mente.’ Este é o maior e primeiro mandamento. O segundo, semelhante a este, é: ‘Tens de amar o teu próximo como a ti mesmo.’ Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas.” (Mat. 22:35-40) Se alguns se apegarem aos Dez Mandamentos (Deut. 5:6-21), dizendo que são obrigatórios aos cristãos, mas que o resto não é, não estão realmente rejeitando o que Jesus disse (citando de Deut. 6:5; Lev. 19:18) sobre quais são os maiores mandamentos?
Quando a Bíblia menciona que a Lei mosaica terminou, diz ela diretamente que os Dez Mandamentos estavam incluídos naquilo que chegou ao fim?
Rom. 7:6, 7: “Agora fomos exonerados da Lei, porque morremos para com aquilo que nos segurava . . . O que diremos, então? É a Lei pecado? Que nunca se torne tal! Realmente, eu não teria chegado a conhecer o pecado, se não fosse a Lei; e, por exemplo, eu não teria conhecido a cobiça, se a Lei não dissesse: ‘Não deves cobiçar.’” (Aqui, imediatamente depois de escrever que os cristãos judeus haviam sido “exonerados da Lei”, que exemplo da Lei cita Paulo? O Décimo Mandamento, mostrando assim que estava incluído na Lei da qual eles foram exonerados.)
2 Cor. 3:7-11: “Se o código que administra a morte e que foi gravado com letras em pedras veio a existir em glória, de modo que os filhos de Israel não podiam fitar atentamente os olhos no rosto de Moisés, por causa da glória do seu rosto, glória que havia de ser eliminada, por que não deve a administração do espírito ser com muito mais glória? . . . Pois, se aquilo que havia de ser eliminado foi introduzido com glória, muito mais glória teria aquilo que permanece.” (Menciona-se aqui um código que foi “gravado com letras em pedras”, e diz-se que “os filhos de Israel não podiam fitar atentamente os olhos no rosto de Moisés” na ocasião em que lhes foi entregue. Que descreve isso? Êxodo 34:1, 28-30 mostra que isto foi quando lhes foram entregues os Dez Mandamentos; estes eram os mandamentos gravados em pedra. Obviamente estes estão incluídos no que o texto diz aqui que “havia de ser eliminado”.)
Será que a eliminação da Lei mosaica, incluindo os Dez Mandamentos, dá a entender que se tira toda a restrição moral?
De forma alguma; muitas das normas de moral estabelecidas nos Dez Mandamentos foram expressas novamente nos livros inspirados das Escrituras Gregas Cristãs. (Contudo, não se expressou novamente a lei do sábado.) Mas, não importa quão boa uma lei seja, enquanto as inclinações para o pecado dominarem os desejos de uma pessoa, haverá violação da lei. Entretanto, com respeito ao novo pacto, que substituiu o pacto da Lei, Hebreus 8:10 diz: “‘Pois, este é o pacto que celebrarei com a casa de Israel depois daqueles dias’, diz Jeová. ‘Porei as minhas leis na sua mente e as escreverei nos seus corações. E eu me tornarei seu Deus e eles é que se tornarão meu povo.’” Quanto mais eficazes são essas leis do que as gravadas em tábuas de pedra!
Rom. 6:15-17: “Cometeremos pecado porque não estamos debaixo de lei, mas debaixo de benignidade imerecida? Que isso nunca aconteça! Não sabeis que, se persistirdes em vos apresentar a alguém como escravos, para lhe obedecer, sois escravos dele, porque lhe obedeceis, quer do pecado, visando a morte, quer da obediência, visando a justiça? Mas, graças a Deus que éreis escravos do pecado, mas vos tornastes obedientes de coração àquela forma de ensino a que fostes entregues.” (Veja também Gálatas 5:18-24.)
Que sentido tem para os cristãos o sábado semanal?
Há “um descanso sabático” do qual os cristãos participam diariamente.
Hebreus 4:4-11 diz: “Num lugar [Gênesis 2:2] ele [Deus] disse do sétimo dia o seguinte: ‘E Deus descansou no sétimo dia de todas as suas obras’, e novamente, neste lugar [Salmo 95:11]: ‘Não entrarão no meu descanso.’ Portanto, visto que resta que alguns entrem nele, e os a quem se declararam primeiro as boas novas não entraram, por causa de desobediência, ele especifica novamente certo dia, por dizer, depois de tanto tempo, no salmo de Davi [Salmo 95:7, 8]: ‘Hoje’, assim como já foi dito: ‘Hoje, se escutardes a sua própria voz, não endureçais os vossos corações.’ Pois, se Josué os tivesse conduzido a um lugar de descanso, Deus não teria depois falado de outro dia. De modo que resta um descanso sabático para o povo de Deus. Porque o homem que entrou no descanso de Deus descansou também das suas próprias obras, assim como Deus das suas. Façamos, portanto, o máximo para entrar naquele descanso, para que ninguém caia no mesmo exemplo de desobediência.”
Insta-se com os cristãos aqui para que descansem de quê? Das “suas próprias obras”. Que obras? Obras por meio das quais procuravam antes mostrar-se justos. Não mais crêem que podem ganhar a aprovação de Deus e a vida eterna seguindo certas regras e observâncias. Esse foi o erro dos judeus sem fé, que, por ‘buscarem estabelecer a sua própria justiça, não se sujeitaram à justiça de Deus’. (Rom. 10:3) Os verdadeiros cristãos reconhecem que todos nós nascemos pecadores e que é só pela fé no sacrifício de Cristo que uma pessoa pode ter uma posição justa perante Deus. Esforçam-se em levar a sério todos os ensinamentos do Filho de Deus e pô-los em prática. Aceitam humildemente os conselhos e as repreensões provenientes da Palavra de Deus. Isto não quer dizer que pensam que desta forma podem ganhar à base de mérito próprio a aprovação de Deus; ao invés, o que fazem é expressão de seu amor e de sua fé. Por tal proceder na vida, evitam o “exemplo de desobediência” da nação judaica.
O “sétimo dia”, mencionado em Gênesis 2:2, não era apenas um dia de 24 horas. (Veja a página 98, debaixo do tópico “Criação”.) Similarmente, o “descanso sabático”, no qual os verdadeiros cristãos participam, não se limita a um dia de 24 horas. Por exercerem fé e obedecerem ao conselho bíblico, eles o usufruem diariamente, e farão isso especialmente no novo sistema de Deus.
Há um descanso “sabático” de mil anos no futuro para a humanidade.
Mar. 2:27, 28: “[Jesus] prosseguiu assim a dizer-lhes: ‘O sábado veio à existência por causa do homem, e não o homem por causa do sábado; portanto, o Filho do homem é Senhor até mesmo do sábado.’”
Jesus sabia que Jeová instituíra o sábado como sinal entre Deus e Israel, e que se destinava a trazer-lhes alívio de suas labutas. Jesus sabia também que a sua própria morte proveria a base para que a Lei mosaica fosse posta de lado como tendo tido cumprimento nele. Ele reconhecia que a Lei, com o requisito do sábado, era “uma sombra das boas coisas vindouras”. (Heb. 10:1; Col. 2:16, 17) Com relação a essas “boas coisas” há um “sábado” do qual ele há de ser Senhor.
Qual Senhor dos senhores, Cristo governará toda a terra por mil anos. (Rev. 19:16; 20:6; Sal. 2:6-8) Enquanto estava na terra, Jesus realizou misericordiosamente algumas das suas mais surpreendentes obras de cura no sábado, demonstrando assim a espécie de alívio que ele trará a pessoas de todas as nações durante seu Reino milenar. (Luc. 13:10-13; João 5:5-9; 9:1-14) Os que reconhecem o verdadeiro significado do sábado terão oportunidade de também se beneficiar desse descanso “sabático”.
Quem somos:
Testemunhas de Jeová
Definição: A sociedade cristã mundial de pessoas que dão ativamente testemunho sobre Jeová Deus e Seus propósitos para com a humanidade. Baseiam suas crenças unicamente na Bíblia.
Que crenças das Testemunhas de Jeová as colocam à parte como diferentes das outras religiões?
(1) A Bíblia: As Testemunhas de Jeová crêem que a Bíblia inteira é a inspirada Palavra de Deus, e, em vez de aderirem a uma crença baseada na tradição humana, apegam-se à Bíblia como base para todas as suas crenças.
(2) Deus: Adoram a Jeová como o único Deus verdadeiro e falam de modo desinibido a outros a respeito Dele e de Seus propósitos amorosos para com a humanidade. Qualquer pessoa que testemunhe publicamente sobre Jeová é geralmente identificada como pertencente ao grupo indiviso — “Testemunhas de Jeová”.
(3) Jesus Cristo: Crêem, não que Jesus Cristo seja parte de uma Trindade, mas que, conforme diz a Bíblia, é o Filho de Deus, o primeiro das criações de Deus; que teve existência pré-humana e que sua vida foi transferida dos céus para o ventre de uma virgem, Maria; que sua vida humana perfeita, oferecida em sacrifício, torna possível a salvação com a perspectiva de vida eterna para aqueles que exercerem fé; que Cristo atua na qualidade de Rei sobre toda a terra, desde 1914, detendo autoridade divinamente concedida.
(4) O Reino de Deus: Crêem que o Reino de Deus é a única esperança para a humanidade; que se trata de um governo real; que em breve destruirá o atual sistema iníquo de coisas, incluindo todos os governos humanos, e produzirá um novo sistema em que prevalecerá a justiça.
(5) A vida celestial: Crêem que 144.000 cristãos ungidos com espírito santo compartilharão com Cristo o seu Reino celestial, reinando junto com ele. Não crêem que o céu seja a recompensa para todos os “bons”.
(6) A terra: Crêem que o propósito original de Deus para com a terra será cumprido; que a terra será completamente povoada por adoradores de Jeová e que estes poderão usufruir vida eterna em perfeição humana; que até mesmo os mortos serão ressuscitados para terem a oportunidade de compartilhar essas bênçãos.
(7) A morte: Crêem que os mortos não estão cônscios de absolutamente nada; que não sentem nem dor nem prazer em algum domínio espiritual; que não existem senão na memória de Deus, assim, a esperança deles de vida futura depende da ressurreição dentre os mortos.
(8) Os últimos dias: Crêem que vivemos atualmente, a partir de 1914, nos últimos dias do presente sistema iníquo de coisas; que alguns dos que viram os acontecimentos de 1914 verão também a destruição total do atual mundo iníquo; que os que amam a justiça sobreviverão numa terra purificada.
(9) À parte do mundo: Esforçam-se seriamente em não ser parte do mundo, conforme Jesus disse se daria com seus seguidores. Demonstram genuíno amor cristão ao próximo, mas não participam na política nem nas guerras de nação alguma. Provêem às necessidades materiais de sua família, mas evitam a busca ávida de coisas materiais e fama pessoal, também entregar-se excessivamente aos prazeres, coisas pelas quais se empenha este mundo.
(10) Aplicam o conselho da Bíblia: Crêem que é importante aplicar hoje o conselho da Palavra de Deus, no dia-a-dia — no lar, na escola, nos negócios, na congregação. A pessoa pode tornar-se Testemunha de Jeová, não importa qual tenha sido o seu passado, desde que abandone práticas condenadas pela Palavra de Deus e aplique seu conselho piedoso. Mas, se alguém, depois disso, se tornar praticante de adultério, fornicação, homossexualismo, abuso de drogas, embriaguez, mentiras ou roubo, será desassociado da organização.
(A listagem acima apresenta em suma algumas das crenças importantes das Testemunhas de Jeová, mas de modo algum engloba todos os pontos em que suas crenças diferem das de outros grupos. A base bíblica para as crenças acima poderá ser encontrada no Índice deste livro.)
São as Testemunhas de Jeová uma religião americana?
Advogam o Reino de Deus, não o sistema político, econômico ou social de alguma nação deste velho mundo.
É verdade que as Testemunhas de Jeová tiveram nos tempos modernos o seu início nos Estados Unidos. A localização de sua sede mundial naquele país contribuiu para tornar possível a impressão e a expedição de publicações bíblicas para a maior parte do mundo. Mas as Testemunhas não preferem uma nação a outra; acham-se em quase todas as nações e têm sedes em muitas partes da terra para supervisionar sua atividade nessas áreas.
Considere: Jesus, sendo judeu, nasceu na Palestina, mas o cristianismo não é uma religião palestina, concorda? O lugar do nascimento humano de Jesus não é o fator mais importante a considerar. O que Jesus ensinava originava-se de seu Pai, Jeová Deus, que lida de modo imparcial com pessoas de todas as nações. — João 14:10; Atos 10:34, 35.
Como é financiada a obra das Testemunhas de Jeová?
Por meio de contribuições voluntárias, como acontecia com os primitivos cristãos. (2 Cor. 8:12; 9:7) Jamais se faz coleta em suas reuniões; nunca se solicita dinheiro do público. As contribuições pelas publicações bíblicas são para cobrir os custos de impressão e expedição.
As Testemunhas não são pagas para ir de casa em casa nem para oferecer publicações bíblicas nas ruas. O amor a Deus e ao próximo as motiva a falar sobre as amorosas provisões de Deus para a humanidade.
A Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados de Pensilvânia, EUA, sociedade jurídica de caráter religioso, usada pelas Testemunhas de Jeová, foi constituída em 1884 de acordo com a Lei das Associações Não Lucrativas da Comunidade de Pensilvânia, EUA. Assim, por lei, ela não pode ser, e não é, uma empresa lucrativa, tampouco indivíduos fazem lucro por meio desta sociedade. O estatuto da Sociedade declara: “Ela [a Sociedade] não visa pecúnia ou lucro, quer de forma incidental, quer de outra, a seus membros, diretores ou dirigentes.”
São as Testemunhas de Jeová uma seita ou um culto?
Há os que definem seita como um grupo que se desagregou de uma religião estabelecida. Outros aplicam o termo a um grupo que segue determinado líder ou mestre humano. O termo geralmente é aplicado de forma depreciativa. As Testemunhas de Jeová não são uma ramificação de alguma igreja, mas entre elas há pessoas procedentes de todas as rodas da vida e de muitas formações religiosas. Não consideram nenhum humano como seu líder, mas unicamente Jesus Cristo.
Culto é uma religião dita não-ortodoxa ou que enfatiza a devoção de acordo com rituais prescritos. Muitos cultos seguem um líder humano vivo, e é comum seus adeptos viverem em grupos, apartados do resto da sociedade. O padrão do que é ortodoxo, contudo, deve ser a Palavra de Deus, e as Testemunhas de Jeová aderem estritamente à Bíblia. Sua adoração é um modo de vida, não uma devoção ritualística. Não seguem um humano nem se isolam do resto da sociedade. Vivem e trabalham no meio de outras pessoas.
Há quanto tempo existe a religião das Testemunhas de Jeová?
Segundo a Bíblia, a linhagem de testemunhas de Jeová remonta ao fiel Abel. Hebreus 11:4–12:1 diz: “Pela fé Abel ofereceu a Deus um sacrifício de maior valor do que Caim . . . Pela fé Noé, depois de receber aviso divino de coisas ainda não observadas, mostrou temor piedoso . . . Pela fé Abraão, quando chamado, obedeceu, saindo para um lugar que estava destinado a receber em herança . . . Pela fé Moisés, quando cresceu, negou-se a ser chamado filho da filha de Faraó, escolhendo antes ser maltratado com o povo de Deus do que ter o usufruto temporário do pecado . . . Assim, pois, visto que temos a rodear-nos uma tão grande nuvem de testemunhas, ponhamos também de lado todo peso e o pecado que facilmente nos enlaça, e corramos com perseverança a carreira que se nos apresenta.”
Com respeito a Jesus Cristo, a Bíblia diz: “Estas coisas diz o Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus.” De quem era ele testemunha? Ele próprio disse ter manifestado o nome de seu Pai. Ele foi a principal testemunha de Jeová. — Rev. 3:14; João 17:6.
É interessante notar que alguns judeus perguntaram se a atividade de Jesus Cristo representava “um novo ensino”. (Mar. 1:27) Mais tarde, alguns gregos pensaram que o apóstolo Paulo estava introduzindo um “novo ensino”. (Atos 17:19, 20) Era novo para os ouvidos dos que ouviam esse ensino, mas o importante é que era a verdade, estando em plena harmonia com a Palavra de Deus.
A história moderna das Testemunhas de Jeová iniciou-se com a formação de um grupo de estudo bíblico em Allegheny, Pensilvânia, EUA, nos primórdios da década de 1870. No começo, eram conhecidas apenas como Estudantes da Bíblia, mas, em 1931, adotaram o nome bíblico de Testemunhas de Jeová. (Isa. 43:10-12) Suas crenças e seus métodos não são novos, são antes uma restauração do cristianismo do primeiro século.
Crêem as Testemunhas de Jeová que a sua religião é a única que é certa?
A Bíblia não concorda com o conceito moderno de que existem muitas maneiras aceitáveis de se adorar a Deus. Efésios 4:5 diz que há “um só Senhor, uma só fé”. Jesus declarou: “Estreito é o portão e apertada a estrada que conduz à vida, e poucos são os que o acham. . . . Nem todo o que me disser: ‘Senhor, Senhor’, entrará no reino dos céus, senão aquele que fizer a vontade de meu Pai, que está nos céus.” — Mat. 7:13, 14, 21; veja também 1 Coríntios 1:10.
Repetidas vezes as Escrituras referem-se ao conjunto dos ensinos cristãos verdadeiros como a “verdade”, e o cristianismo é mencionado como o “caminho da verdade”. (1 Tim. 3:15; 2 João 1; 2 Ped. 2:2) Em razão de as Testemunhas de Jeová basearem na Bíblia todas as suas crenças, normas de conduta e procedimentos organizacionais, sua fé na própria Bíblia como sendo a Palavra de Deus lhes dá a convicção de que possuem realmente a verdade. Assim, sua posição não é egotística, mas demonstra confiança na Bíblia como o padrão certo pelo qual se pode avaliar a religião a que a pessoa pertence. Não são egocêntricas, antes, têm vivo desejo de partilhar suas crenças com outros.
Não seguem também a Bíblia as outras religiões?
Muitas a usam até certo ponto. Mas será que realmente ensinam e praticam o que está contido nela? Considere: (1) Removeram da maioria de suas versões da Bíblia o nome do verdadeiro Deus, isso milhares de vezes. (2) A doutrina da Trindade, seu conceito sobre o próprio Deus, foi tomada emprestada a fontes pagãs e desenvolvida na sua forma atual séculos após ter sido completada a escrita da Bíblia. (3) Sua crença na imortalidade da alma humana como base para a vida além-túmulo não é bíblica; tem raízes na antiga babilônia. (4) O tema da pregação de Jesus era o Reino de Deus, e ele enviou seus discípulos para que fossem falar pessoalmente a outros sobre este Reino; contudo, as igrejas hoje raramente mencionam esse Reino e os membros delas não estão realizando a obra de pregar “estas boas novas do reino”. (Mat. 24:14) (5) Jesus disse que seus verdadeiros seguidores poderiam ser facilmente identificados pelo seu amor abnegado de uns para com os outros. Dá-se isso com as religiões da cristandade, quando as nações entram em guerra? (6) A Bíblia diz que os discípulos de Cristo não seriam parte do mundo, e avisa que quem quer que deseje ser amigo do mundo torna-se inimigo de Deus; mas as igrejas da cristandade e seus membros estão profundamente envolvidos nos assuntos políticos das nações. (Tia. 4:4) Em vista de tais antecedentes, pode-se dizer com sinceridade que elas aderem realmente à Bíblia?
Como chegam as Testemunhas de Jeová à sua explicação da Bíblia?
Um fator-chave é que as Testemunhas de Jeová realmente crêem que a Bíblia é a Palavra de Deus e que o ensinamento nela contido é para a nossa instrução. (2 Tim. 3:16, 17; Rom. 15:4; 1 Cor. 10:11) Desse modo, não recorrem a argumentos filosóficos para se esquivarem às declarações claras de verdade nela contidas, nem para justificarem o modo de vida de pessoas que abandonaram as normas de moral da Bíblia.
Para mostrarem o significado da linguagem simbólica encontrada na Bíblia, deixam que a própria Bíblia forneça a explicação, ao invés de apresentarem suas teorias quanto ao seu significado. (1 Cor. 2:13) Indicações quanto ao significado de termos simbólicos são geralmente encontradas em outros trechos da Bíblia. (Como exemplo, veja Revelação 21:1; daí, para o significado de “mar”, leia Isaías 57:20. Para identificar “o Cordeiro”, mencionado em Revelação 14:1, veja João 1:29 e 1 Pedro 1:19.)
Quanto ao cumprimento de profecias, aplicam o que Jesus disse sobre estarmos alertas aos acontecimentos que correspondem àquilo que foi predito. (Lucas 21:29-31; compare com 2 Pedro 1:16-19.) Conscienciosamente apontam esses acontecimentos e chamam a atenção para o que a Bíblia indica que eles significam.
Jesus disse que teria na terra um “escravo fiel e discreto” (seus seguidores ungidos considerados como um grupo), por meio do qual proveria alimento espiritual aos que constituem a família da fé. (Mat. 24:45-47) As Testemunhas de Jeová reconhecem esse arranjo. Como os cristãos do primeiro século, recorrem ao corpo governante dessa classe do “escravo” para resolverem questões difíceis — não à base da sabedoria humana, mas do seu conhecimento da Palavra de Deus e de Seus tratos com Seus servos, e com a ajuda do espírito de Deus, pelo qual oram fervorosamente. — Atos 15:1-29; 16:4, 5.
Por que razão tem havido mudanças, através dos anos, nos ensinos das Testemunhas de Jeová?
A Bíblia mostra que Jeová habilita Seus servos a entender Seu propósito de maneira progressiva. (Pro. 4:18; João 16:12) Assim sendo, os profetas que foram divinamente inspirados para escrever partes da Bíblia não entendiam o significado de tudo o que escreveram. (Dan. 12:8, 9; 1 Ped. 1:10-12) Os apóstolos de Jesus Cristo viam que havia muita coisa que não entendiam naquela época. (Atos 1:6, 7; 1 Cor. 13:9-12) A Bíblia mostra que haveria um grande aumento de conhecimento da verdade no “tempo do fim”. (Dan. 12:4) O conhecimento maior amiúde requer ajustes no modo de pensar da pessoa. As Testemunhas de Jeová se dispõem, humildemente, a fazer tais ajustes.
Por que pregam as Testemunhas de Jeová de casa em casa?
Jesus predisse para o nosso tempo esta obra: “Estas boas novas do reino serão pregadas em toda a terra habitada, em testemunho a todas as nações; e então virá o fim.” Ele instruiu também o seguinte aos seus seguidores: “Ide . . . e fazei discípulos de pessoas de todas as nações.” — Mat. 24:14; 28:19.
Quando Jesus enviou seus primitivos discípulos, orientou-os para que fossem aos lares das pessoas. (Mat. 10:7, 11-13) O apóstolo Paulo disse com respeito ao seu ministério: “Não me refreei de vos falar coisa alguma que fosse proveitosa, nem de vos ensinar publicamente e de casa em casa.” — Atos 20:20, 21; veja também Atos 5:42.
A mensagem que as Testemunhas proclamam envolve a vida das pessoas; querem ter o cuidado de não desperceber ninguém. (Sof. 2:2, 3) Suas visitas são motivadas pelo amor — primeiro a Deus, também ao próximo.
Uma conferência de líderes religiosos na Espanha observou o seguinte: “Talvez [as igrejas] sejam excessivamente negligentes naquilo que constitui precisamente a maior preocupação das Testemunhas — a visita aos lares, que cai dentro da metodologia apostólica da primitiva igreja. Enquanto que as igrejas, não em poucas ocasiões, se limitam a construir seus templos, a tocar os sinos para chamar as pessoas e a pregar dentro de seus locais de adoração, [as Testemunhas] seguem a tática apostólica de ir de casa em casa e de aproveitar toda ocasião para testemunhar.” — El Catolicismo, Bogotá, Colômbia, 14 de setembro de 1975, p. 14.
Mas por que visitam as Testemunhas de Jeová repetidamente até mesmo os lares das pessoas que não são da mesma fé?
Elas não impõem a sua mensagem a outros. Mas sabem que as pessoas se mudam para novas residências e que as circunstâncias delas mudam. Talvez hoje a pessoa esteja ocupada demais para ouvir; em outra ocasião talvez tenha prazer de tomar tempo para ouvir. Um membro da família pode não ter interesse, mas outros talvez o tenham. As próprias pessoas mudam; problemas sérios na vida podem conscientizar a pessoa da necessidade espiritual. — Veja também Isaías 6:8, 11, 12.
Por que são as Testemunhas de Jeová perseguidas e se fala contra elas?
Jesus disse: “Se o mundo vos odeia, sabeis que me odiou antes de odiar a vós. Se vós fizésseis parte do mundo, o mundo estaria afeiçoado ao que é seu. Agora, porque não fazeis parte do mundo, mas eu vos escolhi do mundo, por esta razão o mundo vos odeia.” (João 15:18, 19; veja também 1 Pedro 4:3, 4.) A Bíblia mostra que o mundo inteiro está sob o controle de Satanás; ele é o principal instigador da perseguição. — 1 João 5:19; Rev. 12:17.
Jesus disse também a seus discípulos: “Sereis pessoas odiadas por todos, por causa do meu nome.” (Mar. 13:13) A palavra “nome” nesse contexto significa o que Jesus é oficialmente, o Rei messiânico. A perseguição sobrevém porque as Testemunhas de Jeová colocam os mandamentos dele acima dos de qualquer governante terreno.
Se Alguém Disser —
‘Por que vocês não se empenham em atividades que contribuam para tornar o mundo (a comunidade) um lugar melhor para se viver?’
Poderá responder: ‘As condições na comunidade lhe são obviamente importantes, também o são para mim. Permita-me perguntar-lhe: Na sua opinião, qual o problema que deveria estar entre os primeiros a receber atenção?’ Daí, talvez possa acrescentar: ‘Por que acha que isso se tornou uma necessidade tão premente? . . . Obviamente, medidas imediatas para sanar o problema podem ser benéficas, mas estou certo de que concordará que gostaríamos de ver melhora a longo prazo. É assim que nós, Testemunhas de Jeová, consideramos esse assunto. (Explique o que fazemos para ajudar as pessoas a aplicar os princípios bíblicos em sua vida, a fim de atingirem a raiz do problema em base individual; também, o que o Reino de Deus fará, e por que este resolverá permanentemente o problema para a humanidade.)’
Ou poderá dizer: ‘(Depois de abranger alguns dos pontos da resposta precedente . . . ) Alguns contribuem para o melhoramento da comunidade com fundos; outros fazem isso oferecendo voluntariamente seus préstimos. As Testemunhas de Jeová contribuem de ambas as maneiras. Permita-me explicar.’ Daí, talvez possa acrescentar: (1) ‘Para ser Testemunha de Jeová, a pessoa precisa conscienciosamente pagar seus impostos; isto provê fundos para o governo suprir os serviços necessários.’ (2) ‘Não nos restringimos a isso, mas visitamos as pessoas nos seus lares, oferecendo-lhes cursos bíblicos gratuitos. Quando se familiarizam com o conteúdo da Bíblia, aprendem a aplicar os princípios da Bíblia e, portanto, a lidar com os seus problemas.’
Outra possibilidade: ‘Alegro-me de que suscitou essa questão. Muitos nunca perguntam para saber o que as Testemunhas estão realmente fazendo com respeito aos assuntos comunitários. Naturalmente, existe mais de uma maneira de prestar ajuda.’ Daí, talvez possa acrescentar: (1) ‘Alguns fazem isso formando instituições — hospitais, asilos para os idosos, centros de reabilitação de toxicômanos, e assim por diante. Há outros que se dispõem a ir diretamente às casas das pessoas para oferecer a necessária assistência que estiverem em condições de prestar. É isso que as Testemunhas de Jeová fazem.’ (2) ‘Temos observado que existe uma coisa que pode mudar todo o conceito da pessoa sobre a vida, e isto é o conhecimento daquilo que a Bíblia indica ser o objetivo real da vida, e daquilo que o futuro nos reserva.’
Uma sugestão adicional: ‘Aprecio que suscitou esta pergunta. Não é um fato que gostaríamos de ver as condições melhorar? Diga-me, o que acha das atividades do próprio Jesus Cristo? Diria que era prático o método que ele usava para ajudar as pessoas? . . . Nós nos esforçamos em seguir o exemplo dele.’
‘Os cristãos têm de ser testemunhas de Jesus, não de Jeová.’
Poderá responder: ‘Este é um ponto interessante. E tem razão de que temos a responsabilidade de ser testemunhas de Jesus. Esta é a razão por que o papel de Jesus no propósito de Deus é enfatizado em nossas publicações. (Talvez queira usar um livro atual ou uma revista para demonstrar isso.) Mas talvez não tenha pensado no seguinte. (Rev. 1:5) . . . Jesus era “a Testemunha Fiel” de quem? (João 5:43; 17:6) . . . Não deixou Jesus um exemplo para imitarmos? . . . Por que é tão importante chegar a conhecer tanto a Jesus como a seu Pai? (João 17:3)’