Pouco se sabe a respeito da origem e fundadores da Maçonaria. Porém, o que não faltam são "contos de fadas" acerca desse assunto. São personagens da Antigüidade que são destacados como verdadeiros heróis neste meio.
Tubalcaim é citado como o primeiro maçom. Descendente de Caim, filho de Lamec com Seba, este homem que é dito pai dos que trabalham com cobre e ferro, viu em seu pai o exemplo de um homem homicida e polígamo (Gn. 4:22-24).
A lista segue com Ninrode, grande caçador diante do Senhor, esta figura é considerado fundador da Babilônia e arquiteto da Torre de Babel (Gn. 10:8, 9; 11:1-9). Isso com certeza aproxima os ideais da Torre de Babel a Maçonaria.
Entretanto, o mais reverenciado de todos os "patriarcas" é Hiram Abif. Conta a Maçonaria que durante a construção do templo, Salomão contava com a ajuda do rei de Tiro Hiram, e contratou o filho de uma viúva chamado Hiram. Diga-se de passagem, que este aparece nos relatos bíblicos apenas como bronzenista, mas aos olhos da Maçonaria, é visto como o arquiteto.
É acrescentada a história o relato de sua morte. Hiram é tido como Mestre (3º grau maçom), e seus três ajudantes como companheiros (2º grau), os quais o assassinaram em busca do Segredo da Palavra. Os dois reis são informados da morte, e que o corpo fora enterrado. Após uma conturbada estória de ressurreição, entende-se que os segredos do Mestre são guardados até o seu descobrimento na Idade Média.
Os Maçons (pedreiro em francês) são quase que um sindicato em seus primórdios. Chamada Maçonaria Operativa nesta época desenvolveu-se com o passar dos séculos, não se restringindo mais apenas a artesãos, mas tornando-se aberto a outros grupos da sociedade. Nasce assim a Maçonaria Especulativa. Ainda que declaradamente a Franco Maçonaria não assuma ela é uma religião. Dotada de uma visão politeísta, ela é sincretista e monísta. Tem como base a Loja Azul, que podemos chamar de a "capa do livro". Dividida em três hierarquias (Aprendiz, Companheiro e Mestre), são rasos conhecedores da verdadeira doutrina. Saindo da loja, passamos a divisão em dois ritos, o de Iorque e Escocês. O grau mais elevado é o 33º, que no Brasil é chamado Grande Inspetor Geral. As doutrinas são chamadas Landmarks, e de forma geral resumem-se a três pontos: Paternidade de Deus, Fraternidade Universal e Imortalidade da alma.
Difícil frisar pontos fracos em grupos como a Maçonaria. Apesar de se mostrar por vezes contraditória, ela encontra na adversidade um forte poder de enlace aos demais grupos religiosos É óbvio que se trata de um risco, porém muito bem calculado. Expor-se a outros credos, trazendo-os para dentro, subjugando-os a sua cosmo visão, faz da Maçonaria a "perfeita massinha de modelar religiosa". Seu detentor molda-a como quer, mas não altera sua substância. Atendendo vários
"gostos", alcança seu objetivo. Mal sabe seus usuários que, enquanto a consomem, são na verdade consumidos. O ritual maçônico é a vestimenta de sua doutrina. Ele não é fácil de se definir, pois varia de jurisdição e rito. Passando por uma evolução constante, não se prendeu, mas a um, mas a muitos rituais. As reuniões, ou capítulos constituem-se em uma abertura com cânticos. Declara-se então postos e funções dos oficiais, os quais são honrosamente apresentados. São lidas as minutas, membros doentes são mencionados e se há algum a ser iniciado, assim se faz. Isso leva em média duas horas, sendo seguida de uma hora social. Estes rituais têm um claro intuito de aliciar mais membros. O que passar disso é secundário. A Maçonaria é com certeza um ‘’osso duro de roer “. O simples fato de haver cristãos ali envolvidos nos mostra o quão perigosa esta religião é. Creio, no entanto, que alguns crentes que adentram nesta religião, o fizeram por ignorância. Muitos conhecem apenas a” capa do livro “. Com amor e oração, mostrando-lhes a verdade acerca da Maçonaria, pode ser que, sendo realmente novas criaturas, deixarão este caminho. A partir do testemunho dos que já foram maçons, outros poderão enxergar a verdade. Afinal, ao abandonarem os pactos de sangue, feitos dentro da Maçonaria, para realmente viverem sob o sangue do Cordeiro, será provado que Jesus é maior que qualquer aliança. A prova concreta disso são ex-maçons e seus livros de alerta as Igrejas. A participação histórica da Maçonaria no cenário dos últimos séculos é um fator muito interessante. De maneira bastante discreta, esta sociedade exerceu grande influência em vários acontecimentos. A presença maçônica é vista na Revolução Francesa. Os ‘’ideais" da Maçonaria foram tema adotados neste episódio, mostrando que haviam interesses ocultos por detrás da revolução.
"Liberdade, Igualdade e Fraternidade”.
Estiveram em foco no processo de Independência dos Estados Unidos da América. Ali pelo menos quatorze presidentes maçons governaram. Outras sociedades fechadas tiveram seu berço na Maçonaria. O fundador da Máfia, Giuseppi Mazzini (1805-1872), foi uma grande figura entre os maçons do século 19. Da sociedade formada na Silícia, cujo nome era Oblonica (que quer dizer: "Conto com um punhal"), surge um grupo de elite: A Máfia. Este nome é um acrônimo para Mazzinni autorizza turti, incendi, avvelenamenti - Mazzinni autoriza roubo, incêndio, envenenamento.
A MAÇONARIA NO BRASIL
Apesar da maçonaria estar presente no Brasil desde a Inconfidência Mineira no final do século XVIII, a primeira loja maçônica brasileira surgiu filiada ao Grande Oriente da França, sendo instalada em 1801 no contexto da Conjuração Baiana. A partir de 1809 foram fundadas várias lojas no Rio de Janeiro e Pernambuco e em 1813 foi criado o primeiro Grande Oriente Brasileiro sob a direção de Antonio Carlos Ribeiro de Andrada e Silva.
A lusofobia tão presente nos movimentos de emancipação, também caracterizava a maçonaria brasileira, que desde seus primórdios não aceitava se submeter ao Grande Oriente de Lisboa.
Como em toda América Latina, no Brasil a maçonaria também se constituiu num importante veículo de divulgação dos ideais de independência, sendo que em maio de 1822 se instalou no Rio de Janeiro o Grande Oriente Brasiliano ou Grande Oriente do Brasil, que nomeou José Bonifácio de Andrada e Silva o primeiro grão-mestre da maçonaria do país.
Com D. Pedro I no poder, o Grande Oriente do Brasil foi fechado, ressurgindo apenas com a abdicação do imperador em 1831, tendo novamente José Bonifácio como grão-mestre. Nesse mesmo ano ocorre a primeira cisão na maçonaria brasileira, quando o senador Vergueiro funda o Grande Oriente Brasileiro do Passeio, nome referente à rua do Passeio, no Rio de Janeiro.
A divisão enfraqueceu a maçonaria, que começou a perder influência no quadro político do Império brasileiro. Essa situação agravou-se em 1864, quando o papa Pio XI, através da bula Syllabus, proibiu qualquer ligação da Igreja com essa sociedade.
No contexto de crise do Império brasileiro, esse quadro tornou-se mais crítico em 1872, quando durante uma festa em comemoração à lei do Ventre-Livre, o padre Almeida Martins negou-se a abandonar a maçonaria, sendo suspenso de sua atividade religiosa pelo bispo do Rio de Janeiro. Essa punição tinha sido antecedida por um discurso feito pelo padre Almeida Martins na loja maçônica Grande Oriente, no qual o religioso exaltou a figura do visconde do Rio Branco, que, além de primeiro-ministro, era grão-mestre da maçonaria.
Neste processo, o bispo de Olinda, D. Vital e o de Belém, D. Macedo determinam o fechamento de todas irmandades que não quiseram excluir seus associados maçons. A reação do governo foi rápida e enérgica, quando em 1874, o primeiro-ministro, visconde do Rio Branco, determinou a prisão dos bispos seguida de condenação a quatro anos de reclusão com trabalhos forçados. Apesar da anistia concedida no ano seguinte pelo novo primeiro-ministro duque de Caxias, a ferida não foi cicatrizada e o Império decadente junto com a maçonaria que o sustentava, perdiam o apoio do clero e da população, constituindo-se num importante fator para queda do obsoleto regime monárquico e para separação do mesmo com a Igreja.
No período republicano a maçonaria conseguiu crescer e diversificar suas atividades pelo país, apesar de ter perdido o poder de influência no Estado brasileiro. Nesse final de século, a maçonaria permanece como uma associação, que apesar de defender os princípios de fraternidade e filantropia, exclui, mesmo que de forma não assumida, a participação das camadas sociais menos abastadas entre seus membros.
A Maçonaria não é um grupo interessado no bem estar do homem. Voltada para ideais filosóficos, filantrópicos, educativos e progressistas, constitui uma das mais fortes religiões do globo, pois em si compreende membros de todas as outras (inclusive evangélicos). É abrangente em suas idéias como a Nova Era, mas também tão concreta quanto a Igreja Romana. Não é uma simples corrente filosófica, mas uma instituição, não se identifica como religião, mas como braço da mesma. Com essa camuflagem, têm a vantagem de crescer em qualquer campo, até mesmo em nossas Igrejas.
Resumindo: Com sua ação discreta nos lembra Al Paccino, na autodescrição de seu personagem Milton em "O advogado do Diabo", o qual era o próprio Lúcifer: "Eu entro nos lugares sem ser notado". A Maçonaria está no mundo há alguns séculos, e sem que nós saibamos, tem sido o "Ventríloquo" de muitos personagens históricos. É preciso um posicionamento firme e declarado contra ela dentro da Igreja Evangélica. Pois de pouco valerá lutar contra seitas e mais seitas, sendo que sua "Nave mãe" está aterrizada em nossos templos.
Não possui a Maçonaria leis gerais nem livro santo que a definam ou obriguem todo o maçon através do Mundo.
Dos ideais de justiça e solidariedade humanas, levados até as últimas conseqüências, resulta naturalmente o ser. A Maçonaria uma instituição aclassista e anticlassista, englobando representantes de todos os grupos sociais que, como maçons, devem tentar esquecer a sua integração de classe e comportar-se como iguais.
"A Maçonaria honra igualmente o trabalho intelectual e o trabalho manual", rezava o artigo 6 da Constituição de 1926. E, nos requisitos para se ser maçon, exige-se apenas, para além de diversas condições morais e intelectuais, o exercer-se uma profissão honesta que assegure meios de subsistência. É verdade que a exigência de se possuir a instrução necessária para compreender os fins da Ordem exclui, desde logo, os analfabetos e grande parte das massas populares. E é verdade também que a maioria dos maçons proveio e continua a provir dos grupos burgueses. Mas isso se deve apenas as condições históricas em que toda a sociedade tem vivido nos últimos 200 anos. À medida que as classes trabalhadoras vão atingindo mais elevado nível social e cultural, assim o número de maçons delas oriundo tende a aumentar paralelamente. Em Maçonarias de países como a Gra-Bretanha, a França ou a Holanda, o caráter aclassista da Ordem Maçônica nota-se com muito maior intensidade do que em Portugal ou na Espanha.
Ainda que existam verdadeiros pedreiros que são maçons, a Maçonaria não ensina a arte de trabalhar a pedra. No seu lugar, utiliza o método 'operativo' dos maçons medievais como alegoria de desenvolvimento moral. Ainda assim, alguns dos símbolos maçônicos mais não são que as comuns ferramentas dos maçons medievais: o esquadro, o compasso, o malhete, etc. Tendo em cada um deste um significado simbólico na Maçonaria. A título de exemplo, é dito que os maçons se devem encontrar no “nível”, significando que todos os maçons são Irmãos, independentemente da sua posição social, riqueza ou ofício, tanto na Loja, como no mundo em geral. Para outras ferramentas existe também um significados semelhante.
Para ingressar na Maçonaria:
*Ser Maçom é ser amante da Sabedoria, da Virtude, da Justiça, da Humanidade.
*Ser Maçom é ser amigo dos pobres, dos desgraçados que sofrem, que choram, que têm fome, dos que clamam pelo Direito, pela Justiça e os utilizam como única norma de conduta o bem de todos e seu engrandecimento e o progresso.
*Ser Maçom é querer a harmonia das famílias, a concórdia dos povos, a paz do gênero humano. *Ser Maçom é derramar por toda à parte os divinos esplendores da instrução; educar para o bem, a inteligência; conceber os mais belos ideais do Direito, da Moralidade, da Honra e praticá-los.
*Ser Maçom é levar para o terreno prático, aquele formosíssimo preceito de todos os lugares e todos os séculos, que diz com infinita ternura aos homens de todas as raças, desde o alto de uma cruz e como os braços abertos ao mundo: “amai-vos uns aos outros, formais uma só família, sêde irmãos”.
*Ser Maçom é pregar a tolerância; praticar a caridade sem distinção de raças, crenças ou opiniões, é lutar contra a hipocrisia e o fanatismo.
*Ser Maçom é viver para a realização da Paz Universal, tendo pelos vivos o mesmo respeito que dedicamos aos nossos mortos.
*Se o senhor não reúne estas condições, afaste-se da Maçonaria!